Em comparação ao seu antecessor, o meu ano de 2015 foi um pouco mais musical. Acho que isso se deve principalmente à minha longa viagem diária (casa - trabalho - faculdade), que me obriga a ficar várias horas dentro de ônibus. Assim, entre os momentos em que admiro a paisagem da Baía de Guanabara (que, sim, tem seus encantos) e me irrito com os engarrafamentos da Avenida Brasil, eu leio, estudo, durmo e, é claro, escuto música.
Pois bem, analisando as faixas que mais ouvi no último ano, de acordo com meu perfil do
Last.fm, foi possível notar que quem reinou soberano no campo das minhas escolhas musicais em 2015 foi, surpreendentemente, o
INXS.
Mas como isso foi possível? De fato, nunca havia dado muita importância
para os australianos, embora gostasse muito de duas de suas músicas:
"Never Tear Us Apart" e "Devil Inside". "Disappear" eu conhecia por
ouvir pelo rádio e, por algum motivo, essa música me remete à infância,
sempre gostei de escutá-la, mas não sabia de quem era até bem recentemente. E
tem "New Sensation" e "Suicide Blonde", que são bastante conhecidas.
Após assistir à ótima minissérie INXS: Never Tear Us Apart, que
conta a história da banda, tive curiosidade de ouvir mais coisas deles.
Então, comecei a assistir alguns vídeos e baixei a coletânea Definitive INXS.
Descobri pequenas joias - "Beautiful Girl", "Don't Change", "The One Thing", entre outras - e que um baladão que ouvi algumas vezes pertencia a eles: "By My Side". Fiquei surpresa com a quantidade de músicas boas lançadas pelo grupo. Elas têm um tom pop na medida certa, na minha opinião. E o vozeirão de Michael
Hutchance é realmente encantador.
Kick, de 1987, seu álbum mais conhecido, é um discão. E ainda há outros muito bons, como
Shabooh Shoobah (1982),
X (1990) e
Welcome to Wherever You Are (1992). Mas
não vejo as pessoas falando muito do INXS em blogs de música. A banda ficou meio esquecida mesmo. Parece também rolar um certo
preconceito, talvez porque foram sempre mais pop e fizeram
muito sucesso nas paradas e na MTV. Engraçado é que as músicas me soam
interessantes e, em geral, não têm aquele aspecto de que ficaram
"datadas", como ocorreu com as de outras bandas dos anos 80.
Além do INXS, outro fenômeno que pude notar na minha parada musical pessoal de 2015 foi a forte presença da trilha sonora da série
True Detective -
The Handsome Family,
The Black Angels,
Bosnian Rainbows e
Leonard Cohen. Entre os nomes nacionais, destacaram-se
Titãs e
Raul Seixas, além dos mais recentes
Maglore e
Stellabella.
Enfim, sem mais papo, aí estão as tabelas com as 20 faixas mais executadas e os 20 artistas mais ouvidos por mim em 2015.
O que nos reservará 2016?